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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Velhice, lucidez e redescobertas


Hoje não tive aula (yey!) e como não estava com o melhor dos estados de espírito (magoada com o namorado), tirei o dia para prosear com o Tadeu, que eu costumo chamar de manolo. Na verdade foi aparecendo mais gente, a manola, o Thales sumido e no finzinho o cara aventureiro, mas a conversa mais importante foi com o manolo.

O que eu quero registrar é como eu estou velha, céus! Velha e resmungona! Mas ao mesmo tempo acho que essa é a minha época mais lúcida, na qual eu estou tentando fazer tudo certo, sabe, parar de fazer as cagadas da vida? Sim, porque eu já fiz, e não foram uma nem duas, foram MUITAS. Eu sei é que, de alguma maneira, foi divertido constatar essas coisas (a velhice, não as cagadas). 

E, apesar de eu achar que estou bem resolvida, conseguindo enfrentar os meus problemas, me dei conta de algo que há muito eu já havia esquecido: eu não sei me divertir, e tenho por certo que essa é uma parte muito importante da vida. Eu já disse muitas vezes que não faço nada produtivo, desperdiço meu tempo, mas isso não significa que eu esteja me divertindo nesse tempo de ócio. Na verdade depois eu me torturo por não ter feito nada de bom, por não ter aproveitado o tempo vago que eu tive. 

Eu me lembrei que eu não me divirto... Quando eu tentei me enturmar com a classe do japonês, me senti muito deslocada e, consequentemente, fechei a cara e não consegui me abrir para a experiência. Isso aconteceu mais de uma vez. Eu adoro comer, mas é uma diversão muito cara e passageira (se eu for realmente comer algo bom, e não a minha própria comida)... Eu não tenho amigos em São Paulo (aliás, eu mal tenho amigos), então eu não saio para me divertir com eles, porque nem os tenho. Eu mal leio, eu mal jogo, eu mal assisto tv, eu mal acompanho alguma série ou anime, não tenho um hobby como tricotar, pintar ou coisa parecida, não pratico esportes, não faço nada que me divirta...! Pode parecer zueira, mas é sério! Fiquei chocada com a redescoberta! Eu acho que é isso que está faltando na minha vida e que não está me completando...

terça-feira, 30 de abril de 2013

Tanjoubi


Daqui a algumas horas, farão exatamente 27 anos desde que vim ao mundo.  Sou daquelas preguiçosas desde o nascimento, nasci bem no meio da tarde, uns minutinhos a mais das 15h.

Nada de bolo, salgadinhos, docinhos, refrigerantes, balões coloridos, línguas de sogra, festinhas surpresa ou comemorações. Primeiro, porque não tenho dinheiro para isso. Segundo, porque mesmo se tivesse, não teria quem chamar. A última vez que tentei fazer isso, em 2008, chamei umas cinco pessoas, e dessas, apenas duas compareceram. Depois disso, nunca mais, me decepcionei para sempre. Popularidade nunca foi e nem nunca será o meu forte e, por isso, me abstenho de ser, ainda que uma única vez ao ano, o centro das atenções dos olhares alheios. Prefiro o lugar tranquilo dos bastidores, dar uma espiada de vez em quando, sem responsabilidade alguma.

Por isso, é claro que ocultei a minha data de aniversário das redes sociais, assim somente quem me conhece de verdade e ache que eu faça alguma diferença em sua vida irá me parabenizar. É bem mais verdadeiro assim do que a enxurrada de mensagens de semi desconhecidos que você tem adicionado no seu perfil te mandando felicitações. Sinceramente, nem respondo ou agradeço. É, sou mal educada assim mesmo.

Na verdade, estou me tornando tão velha que chego a esquecer a minha idade. Não raro, enganados pela minha voz, telemarketings da vida me perguntam a idade, ao passo que eu, ao gaguejar e demorar para responder, sou tida como mentirosa, vide os sinais de quem se viu perguntada por algo que teve que inventar na hora. 

Já estou caducando mesmo. A pele já não é a mesma, a memória já não é a mesma, o ânimo já não é o mesmo. Os problemas, de saúde e mentais, aumentam, o cansaço e o desgosto aumentam. É claro que, além da ação do tempo, há mais um motivo para eu me sentir assim: não estar satisfeita comigo mesma. Os anos passam e algumas coisas continuam pendentes, carecendo de atitudes que convirjam em resultados positivos.

É nesta data que algumas pessoas costumam fazer um balanço das suas vidas, e talvez seja o momento para eu fazer o mesmo. Ainda bem que, para isso, eu tenho o período ideal reservado todos os anos: o dia seguinte ao meu aniversário é feriado, hahahaha.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Recomeço

Consegui! Consegui, consegui, consegui! Meu acesso ao meu velho blog de volta! *-*

O problema é que já havia criado um outro blog, agora não sei o que farei. Não sei se mantenho os dois, ou deixo cada um com um tipo de assunto, um mais "íntimo" e outro mais formal, ou se unifico os dois. Acho que vou ficar com a primeira opção, assim fico mais a vontade!

Preparem-se, pois aqui vou eu!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nove meses depois... xD

Eu sinto uma enorme, enorme vergonha sempre que leio alguma coisa que escrevi, mas isso é necessário para que eu lembre algo sobre mim mesma. Só para sair da rotina, consegui acertar de primeira meu login aqui, então vou escrever um pouco sobre a mudança que eu mesma tenho tentado fazer por mim =)

Tenho tentado viver exteriormente, não me deixr cair pelos corredores do interiorismo. Tenho tentado dar um passo de cada vez, resolver um problema de cada vez. Um primeiro desencadeador foi ter cortado meu cabelo, resultando num belo maço de 40 centímetros que ainda não vendi. Isso foi em junho, mas logo depois descobri que me mudar exteriormente não iria impulsionar nada interior em mim.

Passaram-se alguns meses. Acho que em agosto ou setembro comecei a tratar a minha longa fuga de seis anos do dentista. Tratei nada mais nada menos do que dez cáries e arranquei um dos dentes do siso, e, pasmem, foi bem melhor do que o que eu esperava!

Mais um mês e comecei a parar de tomar refrigerante todos os dias, pois meditei que, já que não consigo dar um grande passo interno, talvez pequenas coisas como essas pudessem influir em algo no meu humor ou disposição. É claro que eu vacilei em vários momentos, mas no geral estou contínua nisso.

Mudei também bastante o meu olhar e a minha atitude frente ao meu relacionamento com o João. Tentei, tentei mesmo, tanto que, da última vez, pude dizer adeus sem remorso. Mas nosso relacionamento continua ambíguo e instável.

Meu humor permaneceu num nível bom durante boas semanas, e eu me surreendi com isso. O trecho "She's got you high and you don't even know yet/ The sun's in the sky, it makes for happy endings/ You can't deny you want a happy ending" dominou minha mente durante esse período de "leveza".

Ah, uma das coisas mais importantes! Estou indo no IP (Instituto de Psicologia)! Acho que tenho feito boas coisas por mim, não? =)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Pequeno diálogo via sms

67...: O ceu azul em contraste com os algodoes cor de rosa. A garca procurando comida no corrego. O vendedor de pão na bicicleta. O que sao essas coisas?

96...: Ta bebada?

...

Ahuehuaheuaheue!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A câmara secreta

Nas câmaras da minha imaginação sombria, eu corro, eu te procuro, mas você não está mais lá.
Então procuro por provas de que você existiu: elas sumiram.
Vasculho minha mente, minha parte racional: sim, ali você ainda está.
E então eu fico tranquila, porque lá é o lugar mais seguro em que você pode estar.
Saber, de longe, te observar, mesmo de longe, é melhor do que viver um sonho sombrio ao seu lado.
E eu sorrio, de longe, para você.
Obrigada...
e viva...
O tempo e a chuva irão levar as más lembranças embora.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ah...!

Eu não estou sabendo lidar, será que é paranóia pós bebida?
Quando paro para pensar, tudo o que faço é errado, e não consigo sair do lugar porque minha bolha está aumentando.
Sei que é questão de tempo.
Minha cabeça lateja. Tenho medo.
Não sei se as coisas vão mudar, se elas vão melhorar.
Ficar sozinha têm me sido torturante. Preciso me ocupar com alguma coisa, não posso ficar parada desse jeito, senão os fantasmas me pegam de jeito.
Meu Deus, faça o tempo passar num piscar de olhos. Faça eu não me lembrar. Faça eu não fazer coisas erradas. Faça ninguém furar minha bolha.

Ah...!